acordas dos dias de branco
quando te desenhas aqui
de frente para mim
olho-te com sons quentes
a óleo
e os silêncios desprendem-se soltos
na humidade dos dedos
em toques tangentes de fúria
e desejo
devagar
afogo mistérios em esperas rasgadas
nos gestos escancarados de gatos
um cio de água fria
gemidos de garras
num desejo ávido de penumbra
condenso-me no teu abraço
enquanto me afundo no teu verso de mel
aguado
latente
nesse tango vadio
com que desabotoas a minha noite
de amores
e de desamores
é a imensidão do verde do teu olhar
que me inflama as horas
e a garganta
no deleite dos sussurros roucos
indecentes
presa numa confusão de ancas
de artérias
de asas
quando me deixas ébria
sem saber se fujo daqui
ou se te peço mais
mais
e mais
Eme
quando te desenhas aqui
de frente para mim
olho-te com sons quentes
a óleo
e os silêncios desprendem-se soltos
na humidade dos dedos
em toques tangentes de fúria
e desejo
devagar
afogo mistérios em esperas rasgadas
nos gestos escancarados de gatos
um cio de água fria
gemidos de garras
num desejo ávido de penumbra
condenso-me no teu abraço
enquanto me afundo no teu verso de mel
aguado
latente
nesse tango vadio
com que desabotoas a minha noite
de amores
e de desamores
é a imensidão do verde do teu olhar
que me inflama as horas
e a garganta
no deleite dos sussurros roucos
indecentes
presa numa confusão de ancas
de artérias
de asas
quando me deixas ébria
sem saber se fujo daqui
ou se te peço mais
mais
e mais
Eme
Imagem: "Contemplação" de Renato Zorzenon
2 comentários:
Olá!
Só para dizer que andei a navegar pelo teu blogue. Aodrei alguns dos poemas.
Beijos
Fred
http://minha-vida-secreta.blogspot.com
Ler-te é chegar ás nuvens e ficar lá a olhar-te.
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