quarta-feira, 30 de abril de 2008

Cadeia


Dia a dia vais tecendo essa teia
Teces-me
Tecido teu ateu
com que me atas
E desatas
A que eu assisto, e pressinto, impassível .
Impossivel.

Simples
Devagar
Assento nesse sentido
Nestes dias com acentos agudos,
Deixo-me ir
Na miragem e no abismo de estar lá

Na imagem de sair de cá
Assim
Assento na tua teia
Cadeia
De portas que se fecham
por dentro
Eme

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Vem


Entao vem.
Faz-me arder.
Faz do meu vértice um ninho de dedos e de lingua.
Faz de mim chamas indecentes e labaredas entre gemidos
e febres.
Eme

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Agora


Estende a tua mão e invade os meus sonhos
Não
Não peças licença
Entra
Percorre-me o vento da loucura
Vê como e tarde
Vê como chove
O tempo de água apaga as pegadas de ontem.

Cala-me com um olhar
Silencia-me a ânsia urgente dos rios
Que acendem em mim
Pétalas vermelhas
e fogueiras mil
Dá-me o teu gesto devagar
Enquanto eu mordo esse gosto doce de encontro,
desespero
e descanso.

Descobre-me as asas e as penas brancas
Preciso do teu suspiro sussurrado.
Agora
Estende a tua mão
descobre-me
Eme

sábado, 19 de abril de 2008

Chegada


Desceu a saia, compôs o cabelo, os lábios abriram num sorriso de uma manhã de férias em Maio, sandálias de alto alto na mão, e…saiu...pé ante pé…