danço na curva fechada
do ordinário para o celestial
num olimpo incerto de sol posto
desse modo único
e impossivel
com que usas a ponta dos teus dedos
do ordinário para o celestial
num olimpo incerto de sol posto
desse modo único
e impossivel
com que usas a ponta dos teus dedos
no esmagar do espaço vital
no embate urgente
consumado
dos corpos
quando o riso se escapa dos olhos
e escorre num gemido brando
num esgar
de garras afiadas
rasgando o contorno das manhãs
pela humidade em fogo
da pele
diremos depois a lua branca
pintada de múrmurios
e de silêncios escondidos com a mão
que amordaça.
ou os beijos que eu desmereço
Enquanto eu ali
frágil
tão casta
quanto selvagem
nessa obediência ondulante
na dança ritmada
na subida excessiva
ambulante
refém dessa cor
azul intenso
com que visto o teu desejo
Eu sabias que virias assim
na ordem perfeita
do cio
muito cedo e contudo tão tarde
Eme
(imagem de Marco Ricca)
2 comentários:
mais do que marcas de agua as tuas plavras são marcas na pele...
há nelas sonho e poesia...
adorei vir cá.
obrigado pela tu visita ao meu sopro.
voltarei aqui.... tenho a mania de me prender aos sitios por onde gosto de passar
Pedro,
Obrigada pela visita.
Obrigada pelas palavras.
Um Beijo
:)
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