segunda-feira, 23 de junho de 2008

Fuga


Este gosto de sangue.
Doce
Este grito insano.
Do corpo.

Uma ferida acesa
Em carne viva
Uma aranha que passeia pela cama.
Indolente.
No engano do frio
A verdura das manhãs claras
do pensamento que volta
do nada que não foi.
Do tudo que esta lá ainda.

Talvez uma Fuga
Em àgua doce
invente uma cor nova para o céu
o azul escuro da memória dos sentidos
ou vermelho sangue da ferida.

A ferida
De novo a ferida
No rasgar indelével das algemas nos pulsos.

Fecho e olhos
E espero.

A bala
ou a pétala.


Eme

3 comentários:

Anderson Meireles disse...

costumo inventar cores novas para o céu.
Seu blog é um pedaço do céu, nova cor, linda cor.
Obrigado pela visita,
Um abraço.

Marca de Água disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marca de Água disse...

Sensibilizou-se o seu comentário.
Volte sempre.
:)*