grito de veias
medula de sangue
jogo
um xadrez de corpo e pele
decifro os teus códigos,
sem nunca somar os meus segredos
inventamos sorrisos
e volúpias
embrulhados na nudez
que fecha à chave os mistérios que se condensam no meu gemido
medula de sangue
jogo
um xadrez de corpo e pele
decifro os teus códigos,
sem nunca somar os meus segredos
inventamos sorrisos
e volúpias
embrulhados na nudez
que fecha à chave os mistérios que se condensam no meu gemido
afasto incertezas e enrolo carícias no teu peito
vocalizo urgência
num ritual de sentidos
no limiar do chão
nos dias do mar de escarpas
nas tardes
que são dias até de manha
o arrepio da luz na tua loucura entre dedos
onde conservo esta chuva de girassóis
neste espaço-vivido
perfume
desejo
sucedâneo
do festim que irrompe na alma
quando descubro um navio
que escondes atrás do alentos dos minutos breves
na “hora marcada”
e no deslizar indecente da vertigem
infinita
indefinida
constante
cúmplice
Eme
Imagem: "Cumplicidade"
de Cátia Rod.
4 comentários:
Olá. Gostei bastante de te visitar. Temos algumas afinidades, que sendo obvias na poesia, no Jorge Palma, na Fascinação de elis Regina, em muitos dos quadros escolhidos, ainda assim, parecem não se esgotar aí. Vou voltar!
Benvinda a 2009. Já estava com saudades. Beijo
Quando te reinventas nesse jogo de palavras impregnadas de desejo, sinto-o como se ele estivesse em mim.
Palavras cheias, carnudas, carnais,que soltas para prender a vontade de outos.
Olé, encontrei um comentário antigo teu no meu blog e vim visitar o teu blog que já não vinha aqui há meses... Por onde andas que não tens escrito?
Bjs
F
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