quarta-feira, 7 de janeiro de 2009


há um silêncio azul do tamanho do medo
quando o teu querer fica á espera do vento
dobrando um a um os cansaços da noite

porque trazes dentro de ti as tempestades
e nem sabes que deixas um incêndio atrás de ti
neste acordar nas horas da cotovia
neste vício de luar
entre pernas e seios
um quintal aberto de marés vivas na pele

pressinto devagar os rascunhos da tua véspera
superlativa
obsessiva
obscena
nas raízes do momento que te sufoca a garganta

só eu sei que não sou quando tu és


Eme

2 comentários:

Anónimo disse...

Fantástico.
Fiquei de rastos.
Quanta emoçao quanta intensidasde.

Celso Junior disse...

Muito Bom!
Gostei do seu estilo. Parabens!!!
A emoção escorre por estas linhas!