quando te tenho
num limão doce que arde
um desejo atordoado de silêncio
amazona
dentro de mim
dentro de ti
selvagem
ávida de rosa em botão
entre a língua e o céu da boca
corcel alucinante
em frenesim de desejo
vendaval de raiva e sal
em pormenor detalhado de ópio
cravo-te as unhas
num rasgar de alma
e quadris
cordões de suspiros desatados
escritos por extenso
a suor
num limão doce que arde
um desejo atordoado de silêncio
amazona
dentro de mim
dentro de ti
selvagem
ávida de rosa em botão
entre a língua e o céu da boca
corcel alucinante
em frenesim de desejo
vendaval de raiva e sal
em pormenor detalhado de ópio
cravo-te as unhas
num rasgar de alma
e quadris
cordões de suspiros desatados
escritos por extenso
a suor
a lascívia das palavras
no limite do abismo contínuo
o êxtase
contraindo a carne
expurgando o licor denso
na lenta agonia do dia claro
uma vez
e outra vez
e outra vez
e sinto o calor vermelho do teu sangue quente
que se mistura com a meia noite da ponta dos meus dedos
de verniz rubro
brilhante
Eme
no limite do abismo contínuo
o êxtase
contraindo a carne
expurgando o licor denso
na lenta agonia do dia claro
uma vez
e outra vez
e outra vez
e sinto o calor vermelho do teu sangue quente
que se mistura com a meia noite da ponta dos meus dedos
de verniz rubro
brilhante
Eme
3 comentários:
Gosto da tua poesia. Tem muita força e muito sentimento... Parabéns!
Escreves poesia como poucos.
Já tinha gostado da primeira vez que cá vim e hoje, que li mais alguns poemas, já não tenho dúvidas (se é que existiam...) que escreves poesia com uma maturidade notável. Parabéns.
Este belíssimo poema, cheio de sensualidade, é "apenas" um exemplo da magnífica poesia que fazes.
Beijinhos.
há na tua escrita a vivencia do quotidiano perfeito dos afectos, despida de preconceitos revelas a alma na sua simplicidade, na sua essencia...
mostras a luz sem metaforas na simplicdade dos gestos e do toque, na ternura de um rubor de pele leve e doce...
vir aqui é assumir o ser sobre o nao ser...
o sentir sobre as máscaras, os gestos sobre o racional...
vir aqui é amar, todo um mar... amar como um todo e não como uma ladainha de alma...
amar um corpo, assumir um corpo... amar todos os sonhos...
obrigado por este magia que revlas neste espaço... das-nos asas...
beijo
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