segunda-feira, 26 de maio de 2008

Dem (h)oras


No limite da espera
O teu nome roça-me a voz
e a nuca.

Adormeço
De mãos dadas com esse outro de ti
Que me domina
e fecunda
e eterniza.
Salto o vazio
Procuro o perfume perdido
Improvável.
Numa corrida furiosa
de potros
de selva
de sangue

a chuva acesa na tua pele
um rasto de saliva
brilhante.

O prumo do desejo
Ou o sonho inventado
Que nos parte a cintura
Nesta chama intíma de Fogo
E cascata.

Como demoras...


Eme

1 comentário:

Anónimo disse...

A demora apaga o fogo ou alimenta esse fogo ?