segunda-feira, 26 de maio de 2008

Limite


Estou de frente para o mar
Do lado de cá
A linha que me separa do Todo
O infinito que me foge
O Além onde os teus barcos não vão.


O limite
Onde a areia abafa o grito
A onde a água me desmancha os cabelos.
Afogo-me em passos hesitantes
E morro em beijos de algas
Rosto desfeitos de corais
Por cima do vento
Por cima da água
Onde estou inerte
e digo o teu nome.

Mas fico deste lado
Sempre deste lado
Tudo fica lado de cá
E tudo o resto existe aí dentro.
De ti
Do lado de lá.

Só as tardes quentes de flautas em canticos
Ousaram chamar-te
Devagar

Devagar

...

Eme

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