na fogueira das tuas mãos
e no excesso da pluma
é esse o minuto intimo da espera
beijos de pedra
de água
encharcados
suados
um gemido rasgado de seda rendilhada
um rio quente de desejo
no cheiro da maresia
é o que pulsa entre veias e artérias
no namoro da chuva nas estátuas
nas palavras do olhar
e no tempo de coisa nenhuma
é a ponta dos meus cabelos soltos
na tua pele
em mar de espuma
na extensão da música
casulo tecido na dança
interna
de almas
e corpos
nos desenhos ávidos da tua sede
e no excesso da pluma
é esse o minuto intimo da espera
beijos de pedra
de água
encharcados
suados
um gemido rasgado de seda rendilhada
um rio quente de desejo
no cheiro da maresia
é o que pulsa entre veias e artérias
no namoro da chuva nas estátuas
nas palavras do olhar
e no tempo de coisa nenhuma
é a ponta dos meus cabelos soltos
na tua pele
em mar de espuma
na extensão da música
casulo tecido na dança
interna
de almas
e corpos
nos desenhos ávidos da tua sede
é este céu de lençol
ou este vício da cadência do mar
no toque dedilhado da harpa
com que me matas
e atas
e desatas
Eme
Imagem: Kissers de Rodin
1 comentário:
Já tinha lido este poema, mas reli-o porque gosto muito dele.
Há partes belíssimas, tal como
"um gemido rasgado de seda rendilhada
um rio quente de desejo
no cheiro da maresia"
ou
"é a ponta dos meus cabelos soltos
na tua pele
em mar de espuma"
e o final é soberbo
"no toque dedilhado da harpa
com que me matas
e atas
e desatas"
em tempos escrevi um poema que acabava assim:
"Mergulhamos, neste bailado insano,
até ao fundo dos mares.
Dançamos um tango assassino
até sufocar os sentidos,
até que estas chamas nos matem
em tempestades de vida."
Escreve... eu espero...
Beijinhos.
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