sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Dali


outra vez o espelho
outra vez a janela

o amor preso ente o sal
e as lágrimas
na postura serena que trouxe do olimpo
envolta na saia de linho

num destino de areia
uma sombra musical do
dia incerto
e o nome dele partido no chão

ou uma gaivota de asa despedaçada
nas raizes do suborno

é este o mar
que demora
envolto numa nuvem de frio
num cálice do absinto
o silêncio da espada
que aponta ao numero secreto das estrelas cadentes

o mar daqui
o espelho DALI
e de novo a janela

mas havia um barco a espera DELA
seguramente


Eme


Imagem: pintura de Salvador Dali

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