quinta-feira, 19 de junho de 2008

Olívia


para fazer festas às palavras.

Algumas chegam entre mãos
na carícia breve da madrugada.

Enquanto não parto para ítaca,
viajo, aguardo circe
que me transforme em felino agudo.
depois é só encostar-me às pernas
e fitar-me
eu, nariz aquilino, olhos rasgados em mim
na verticalidade da íris; lamber os pelos, a pele,
arquear o corpo na languidez do gesto.

Ficar à espera que a palavra cresça."


Poema de Jose Félix


[Para ti Olívia de quem tenho uma saudade imensa]

1 comentário:

Anónimo disse...

Eme, passei para te dar um beijinho e te dizer que és uma menina talentosa, continua a escrever, pois levas mesmo muito jeito.
A dor ainda continua, com a ausencia da Olívia...faz bem que escrevas sobre ela.
Um beijo muito amigo.
Patrícia