quinta-feira, 5 de junho de 2008

7 horas


As 7?

Estou deitada
E espero-te
Penso-te
Penso-nos

Não custa esperar pelas 7 horas
O que dói é o tempo
Entre as 7 horas e a tua chegada.

No meu peito aberto em pétalas
Nascem gestos
Quer me ardem nas mãos

Imagino-te
Viajo no teu corpo
Num arrepio liquido
De sentidos
Numa descida
Morna
De espera

O teu umbigo
Cálice fresco de morangos em calda
Que mordo
entre lábios de passagem

Quero-te
Ávido de mim
ávido desta chama que me
acendes
ateias
apagas.
E reacendes

Caio no teu abraço
E já não sei a que horas vieste.

Eme

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