segunda-feira, 5 de maio de 2008

Desejo


O infinito ali à frente
Mares ?
Luares ?
Qualquer curva aguda
Que te molha aos pés
e imagina o mar
em espiral
O som das vagas
Que não chegam á praia
Ou as que morrem
com preguiça nos teus joelhos
e te acordam o espanto.

Pisamos a areia quente
Um beijo que demora
Ou os gestos que morrem nas mãos
Os silêncios
Que te fustigam apele
Ou as vagas indolentes
Que me paralizam.

É esta chuva de cores
Azul , cinza, amarga ?
Ou o destino dos lírios
Entornando a manhã
No olhar dos amantes ?

Porque não te entendo é que te desejo.
Eme

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